terça-feira, 28 de outubro de 2008
about me.
rayza: exatamente!
domingo, 26 de outubro de 2008
choose life.
fico me imaginando em outras situações sabendo que estaria tão infeliz quanto agora.
odeio o tédio de dias extremamente ocupados.
sábado, 25 de outubro de 2008
amores.
monólogo
para sussurrar
no seu ouvido.
Coração,
eu detesto despedidas.
E encontros, desencontros
Nosso destino foi escrito
à mão
com Parkinson.
Raquel
sábado, 18 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
cito.
pelo menos Veriana.
bom, pelo menos temos uma a outra
Veriana diz:
e entre nos não tem picuinha, diz-que-me-diz e nem julgamentos
Veriana diz:
pq podemos ate n concordar com algumas decisões q a outra toma, mas não julgamos. E somos sinceras e maduras o suficiente pra dizer "n concordo" e contnuarmos amigas.
outubro ou nada. diz:
não é "pelo menos"
outubro ou nada. diz:
isso é a maior coisa que eu tenho na vida
Veriana diz:
eu também
Veriana diz:
e acredite, é o que tem me impedido de desistir de tudo e me jogar na passarela do rio acre
Veriana diz:
( e sim, outro dia eu subi em um degrau daqueles apoios e fiquei olhando pra baixo, imaginando como seria cair no rio quase seco. ate q um menino de 13 anos veio perguntar se eu ia me jogar)
outubro ou nada. diz:
hahahahaahahahah
outubro ou nada. diz:
e eu que moro no sétimo andar?
Veriana diz:
a nossa amizade é a única certeza q eu tenho, e a única coisa q vem me segurando esses dias, quando a minha vontade é ficar dormindo o dia inteiro.
problemas e pessoas.
é por que a gente tem essa mania de desconsiderar felicidade
outubro ou nada. diz:
e de qualquer forma elas são felizes e não se importam
outubro ou nada. diz:
olha, posso ser bem honesta? prefiro mil vezes ser normal fútil idiota chata e feliz do que ser pseudo-alguma-coisa-diferente fítil idiota chata e infeliz
outubro ou nada. diz:
ok, talvez isso não seja verdade
outubro ou nada. diz:
é por que eu me cansei dos meus problemas
outubro ou nada. diz:
cansei.
sofia diz:
não é a felicidade que incomoda, cara, é o fato de os problemas permanecerem com ou sem ela e às vezes particularmente se agravarem
sofia diz:
e o pior é que não se pode nem se beneficiar da mesquinhez de ser infeliz e da humanização que só uma boa fossa pode nos dar
sofia diz:
mas eu sou feliz
sofia diz:
é o que importa
sofia diz:
pelo menos foi o que minha avó falou
outubro ou nada. diz:
avós costumam saber das coisas. se eu vivesse como a minha me mandou não nenhum dos meus problemas.
sofia diz:
qual é um dos teus problemas?
outubro ou nada. diz:
estou distante da única pessoa que me faz cntinuar.
outubro ou nada. diz:
tenho prioridades trocadas.
outubro ou nada. diz:
costumo magoar as pessoas ao meu redor.
outubro ou nada. diz:
tenho vícios que não deveria ter
outubro ou nada. diz:
ad infinitum
outubro ou nada. diz:
se eu fosse uma menina direita, crente e temente a deus, que frequenta a missa e reza antes de dormir, eu não teria nada além da vontade de ter todos esses problemas
outubro ou nada. diz:
só que na minha cabeça seria muito mais divertido
outubro ou nada. diz:
como já foi um dia.
Raquel diz:
Fiquei devastada, mas as pessoas vem e vão.
Raquel diz:
Tipo roda-gigante, montanha-russa, sei lá.
outubro ou nada. diz:
roleta-russa
Raquel diz:
Também...
Raquel diz:
Hahaha.
manchete.
"adolescente se joga do sétimo andar de um prédio após pintar parede"
outubro ou nada. diz:
ahahaha
outubro ou nada. diz:
nem me diga
Veriana diz:
- eu sempre achei q ela era louca - afirma a empregada - desde q vi aquela mangofa no corredor.
mantra.
um dia passa.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
jantares inofensivos.
manauara: o que eu posso fazer?
rayza: não sei
manauara: tá bom então, vou desenhar no meu bloquinho novo! (sai saltitando)
rayza: (cortando cebola idiotamente usando um óculos de natação cor-de-rosa)
manauara: rayza.... por que vc tá usando isso?
rayza: eu sou um pouco alérgica....
manauara: (tom sério) nossa cara, por que vc não me contou?
rayza: (lacrimejando, tira os óculos, encara manauara) o que diabos vc queria? oi, meu nome é rayza, tenho dezoito anos recém-completados e sou alérgica a cebolas, o que me obriga a usar um óculos de natação ridículo ao cortá-las. quer ser meu amigo?
manauara: vem flávio, deixa eu te mostrar a parede pra você ver como a rayza é realmente louca!
flávio: (olha a parede) como você fez isso?
rayza: com as mãos
flávio: hahaha, que psico!
rayza: eu acho que casa bem com o resto do apartamento.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
bitterness.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
pra que minha vida siga adiante.
tudo reluz.
hoje.
rayza: foi com tinta a óleo.
mariana: aaaaah. aaaah. (pára pra pensar, faz uma careta e ri).
rayza: moral da história: não tome rivotril.
estephan: você anda muito esquisita esses dias.
rayza: marquei uma consulta no psicólogo.
mnauara: por que? sua família?
rayza: não é óbvio? não é minha família, sou eu. aliás, minha família só deixa mais claro. eu cresci com uma família e pais perfeitos, uma criação exemplar, e me tornei... isso. eu tenho problemas cara, eu não bato bem. deve ser algum defeito genético.
manauara: mas só vai dar resultado lá pela teceira consulta.
rayza: eu sei, eu deveria fazer isso desde os 13 anos.
manauara: eu hein, por que?
rayza: pra hoje em dia ser uma pessoa normal. uma pessoa normal não pinta paredes nem sente vontade de tomar substâncias psicotrópicas. marquei logo no psicólogo, por que se fosse no psiquiatra e rolasse remédio, não ia prestar.
rayza: ando lendo bastante nesse dois anos de universidade, sabe? agora com as consultas no psicólogo e aulas de piano, em breve me tornarei uma pseudo-erudita perfeitamente razoável.
luisa: rayza, me fala um nome.
rayza: sorvete.
magno: rayza, me fale nomes que te lembrem diversão.
rayza: sorvete.... algodão-doce... sorvete.
rayza: oi.
darlan: oi.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
a parede.
um beo dia houve uma infiltração e tivemos que quebrar uma das paredes, a do corredor, o buraco foi tapado mas a parede precisava ser repintada por inteiro. estava lá, uma parede desolada om um pedaço em cimento.
enfim, eu tenho crises. crises com ou sem razão, das quais geralmente as com razão são piores. já me bati em parede, já andei por quadras berrando de chorar, já fiquei dias inteiros deitada na cama, já rabisquei móveis com batom.
eu tive uma das piores anteontem. consequentemente, as reações foram piores. eu sabia disso, por isso tentei mesmo dormir - com ajuda de coisas sintéticas-, mas acabei pulando em cima da cama tentando tocar o teto, cantando a plenos pulmões de madrugada - com a ajuda de coisas sintéticas. até que pensei: "por que não desenhar na parede?" e aí o que aconteceu foi uma bela lambança de horas na madrugada com tinda óleo e acrílica, mãos, pés, dedos, camisola. azul, magenta, amarelo, marrom, mistura, pinta, passa a mão, escreve, canta corre, dança. tinta na parede, no chão, nas janelas. terminei - acabou a tinta, deitei no chão, quase dormi. tenho aula amanhã. banho, cama.
acordei atrasada, tomei banho, botei uma roupa, cheguei na ufes e percebi que ainda estava suja de tinta e triste.
"rayza, o que aconteceu?"
"eu pintei a parede."
ficou horrível e minha avó vai me matar, mas toda vez que vejo aquela parede pintada de milhares de cores de qualuqer jeito, com marca de mão e de mim, me sinto bem. muito bem.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
[/crise]
ae, o jorge ta on, n sei se vc ja falou com ele
outubro ou nada. diz:
fala pra ele falar cmg
outubro ou nada. diz:
prq eu acho q deletei ele numa das crises.
arthur diz:
crises?
outubro ou nada. diz:
é, eu tenho crises e deleto gente do msn, do orkut, pinto a parede do corredor
outubro ou nada. diz:
temperamento artístico.
arthur diz:
ah ta, normal isso .
outubro ou nada. diz:
é prq vc não viu a parede.
domingo, 5 de outubro de 2008
frou frou.
(so let go),
jump in.
Oh well,
what're you waiting for?
it's alright.
'Cause there's beauty in the breakdown.
And I'm high enough
from all the waiting.
To ride a wave
on your inhaling.
'Cause I love you no?
Can't help but love you, no.
Is this it is it? is this it is it? is this it is it? is this it is it? is this it
Outubro
nadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanadanada
algumas coisas.
Assim, certas coisas que são ditas a pessoas quando na verdade estamos falando com nós mesmos.
Como na terapia de grupo, lembra? Escrever uma carta a si mesmo para ler nos momentos de crise. Nunca reli a minha. Não por falta de crises. Acho que nunca acreditei que acreditaria em mim mesma. Talvez por estar mentindo descaradamente. Ou não.
A verdade é que minha vida é torta, é bamba. Eu faço ela parecer bem melhor do que verdadeiramente é. Ou bem pior. Enfim, ela sempre parece diferente, talvez por eu tentar vê-la diferente, talvez por acreditar que ela possa ser.
Por que que a gente faz essas coisas? Atuar pela vida inteira.
Eu vacilo, eu sempre vacilo. Eu juro que eu tento não magoar ninguém, não decepcionar ninguém, mas eu nem sempre consigo.
Na verdade, eu sempre vacilo.
Eu queria ser mais fácil, eu queria ser mais direita. Muitas pessoas têm se afastado de mim. Eu sei que ando agindo diferente, eu sei que mudei um pouco, eu me afastei de muita coisa, sim. Talvez eu tenha me afastado um pouco de mim mesma, seja lá quem seja eu.
E eu também sei que essas coisas não se falam, mas eu, puta merda, eu só tento e tento, sei lá, alcançar algum, qualquer um, nível de insustentável felicidade.
Tem umas coisas que eu tenho que falar agora, se não nunca serão ditas.
Me desculpa.
Eu sei que você duvida e eu acho, eu espero, que você odeie isso tanto quanto eu. Você duvida de mim, eu duvido de mim. E eu fico infinitamente triste com isso. Provavelmente mais do que você imagina.
Eu sou insegura, mas você também não é? Não sei, tem certos defeitos meus que eu sempre pensei que, eu contava que você compreenderia. Não te repreendo por não compreender. Mas gostaria que tentasse.
Eu sou complicada. Pode não parecer, e talvez nem seja, mas eu penso que sou e isso me dá aval para ser. Não faz muito sentido, mas eu não consigo mudar isso. Enfim, eu sou complicada.
E eu tenho fobias. Não de aranhas, nem do escuro, nem de ratos ou de lugares fechados. Tenho fobia de pessoas. Tenho medo, muito medo de me importar com elas. Por que eu sei o quão complicadas elas podem ser, e, pior, eu sei o quão complicada eu posso ser. Então, eu tento não ser masoquista e acima de tudo tento não ser sádica. Mas isso é impossível em relacionamentos, e por isso eu tento simplesmente não participar deles. Eu tenho medo de relacionamentos. Tenho medo de responsabilidades.
Infelizmente nem sempre eu tenho controle disso.
Eu sei que o que eu te ofereço nem sempre é o bastante, e não quero nem devo cobrar nada, mas nem sempre o que você me oferece é o bastante também. Ainda assim, acima disso tudo, existe, eu não sei por que e honestamente às vezes eu desejo que não existisse esse desejo de estar ao teu lado. E de ter você ao meu.
Eu quero poder te oferecer mais. E eu prometo que vou tentar.
Eu sei que o que eu te ofereço é pouco, mas é o máximo que eu já ofereci a alguém. Nada pode mudar isso e eu não gostaria que parasse agora, principalmente desse jeito.
A gente.
Eu não agüento ver você como eu vi. E eu cansei de chorar aqui.
Rayza.
P.S: Ainda quero ver apocalypse now e ir pra minas. Ainda quero muito tentar. E você?
Hoje eu estava pensando no ônibus se realmente vale a pena acreditar em algo que nunca acreditou em mim, acho que eu devo ter alguma espécie de doença não identificável pra sofrer por coisas tão bestas. Lembrei me que uma vez, não sei ao certo, talvez em algum tempo perdido ou em outra vida, que eu tive medo, foram se 2 anos e meio em que não me lembro de sorrisos, abraços, arco íris e essas coisas...
Eu já carrego muitos pesos todos os dias, e talvez a carga aumente com o tempo, mas dúvidas não, eu não gosto de carregar dúvidas.
Hoje eu vi um amigo meu chorar, talvez tenha sido só isso.
Gosto mesmo horrores de você. Me deixa e me ajuda a gostar mais.
enquanto isso, no messenger.
bora convencer o Hudson de que esse mês pode ser uma merda mesmo com todas as flores?
Veriana diz:
hahahaahah
rayza diz:
quero disceminar minha miseravelidade
Veriana diz:
me too baby
enquanto isso, na rodoviária.
rayza: nossa, se alguém responder vou me sentir tão querida como nunca me senti na vida inteira.