segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sofia.

já viu seu futuro desabar diante de seus olhos?
eu já.
denovoedenovo.


eu não tô com raiva de você, meu amor, eu tenho raiva de mim, entende, de mim e dessa minha incapacidade de fazer as coisas direito.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

plans.

olha, honestamente, meu plano pra 2009 se resume em: EU VOU SAIR DA MERDA.
não dá mais cara, assim, no início é divertido e depois de um tempo você aprende a tirar proveito da situação, mas eu vivo initerruptamente na merda desde os doze anos e cansei.
cansei de viver na merda.
quero tomar um ar, respirar, tentar viver num lugar diferente, algodão-doce, arco-íris, ursinho de pelúcia.
chega de merda, cu.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

um dia a mais.

a pessoa de sapatos vermelhos andando desengonçadamente abraçada a uma cpu, em pleno sol das dez horas, no meio do centro barulhento e senil, suava.
a tentativa de resolver alguns assuntos pendetes imaginada e planejada com entusiasmo falhou retumbantemente. a placa-mãe não funciona mais, problemas de hardware, picos de energia devido à tempestade, o endereço trocado, a encomenda perdida, tempo perdido, a saúde perdida, a menina perdida.
desoladamente fuma um cigarro na pracinha. pede fogo pro moço com alguns dentes grandes demais - talvez que compensem a ausência de outros, repara que ele fuma como darlan. sente saudades, um ímpeto de ligar pra casa e berrar ao telefone " mãe eu não estou pronta pra essa vida, vem me buscar, por favor, eu desisto" mas se sente muito velha pra algo do tipo. ou muito nova. ela nunca sabe ao certo mesmo.
vários velinhos amigáveis vão lhe apontando a direção até o posto de saúde - ela insiste em pedir informação aos idosos, são mais simpáticos e engraçadinhos, além de explicar a mesma coisa várias vezes e usarem chapéus. depois de andar um monte carregando a cpu e o peso de seu mundo inteiro nas costas, debaixo do sol e empapada de suor, finalmente chega ao posto de sáude. "O que você tem?" dor, seu moço, e febre.
moscas rondavam as cadeiras azuis de espera. desolação, caretas, joelhos ralados, catarro escorrendo, o lento ventilar do ventilador de teto marca a passagem do tempo parado. estagnado. perdido.
"rayyyza, onde você tá?" no limbo. "quando vc volta?" duas horas tenho que ir trabalhar. blábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblá


odeio hospitais.

ando reclamando muito, como sempre acontece quando fico gripada.

aguentem.
ou não.

cof.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

depoimentos que escrevi.

eu aqui estava, lendo alguns depoimentos antigos e, bem, me deu vontade de falar alguma coisa. eu ando com coisas engasgadas na garganta que eu não sei nem botar pra fora, muito menos o que seja.
dera eu, mera mortal, sentar numa bela tarde e escrever parágrafos e parágrafos sobre nada, cuspir absolutamente tudo ou um pedaço.
nada. é o que eu sinto. uma certa indiferença salpicada com um sentimento de obrigação de terminar coisas que eu me obrigo a mesmo começar. daí vêm a convivência com as pessoas, o sorrisono rosto, a fala empolgada, amores e desamores. por mim não me importava com nada disso. talvez eu não me importe mesmo.
e assim vou indo, fazendo tudo de uma vez só, sem tempo de me perguntar o que me faz levantar de manhã: apenas levantando. denovo. e de novo.
e se alguém perguntar, a resposta é fácil: vai passar. um dia passa.


ah, finalmente vou à psicóloga. quarta-feira de manhã, colocarei minha melhor cara de louca.

P.S: li o cheiro do ralo. consegue ser mais foda que o filme.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

poesia.

Eu, às vezes,
também
quero fazer
o que todos
fazem
bem.

domingo, 2 de novembro de 2008

declaração:

rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
E
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
U
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
T
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
E
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
A
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
M
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
O
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
C
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
A
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
T
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
S
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
B
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
J
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
S
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
M
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
I
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
M
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
L
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
I
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
G
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
A
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
P
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
L
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
E
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
A
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
S
rayza não sabe se relacionar com as pessoas. diz:
E