é estranho isso de "envelhecer". entre aspas, claro, pois ainda sou ma "menina". mas a relatividade disso tudo me faz recear a por aspas e até mesmo a continuar escrevendo. envelhecer propões algo imutável, que é mudar. supostamente estamos no centro disso, no controle, mas será?
eu não sei se algum dia soube com certeza quem eu era. mas eu tinha algumas características praticamente irrefutáveis a meu respeito, que me definiam de certa forma. hoje em dia paro pra pensar sobre isso e não reconheço mais essas coisas. não sei se por inocência, ou ignorância na época, mas tudo aquilo que antes certamente era eu agora é meio nebuloso, duvidoso. e o futuro que eu imaginava ter acabou tão distinto que às vezes me pergunto se eu mesmo o vivi ou se o tempo simplesmente passou ao meu redor e fui lentamente me esquecendo do que eu queria fazer e ser, ou percebendo que não valia a pena.
o grande problema da vida é que a maioria das coisas acaba se resumindo à uma questão de ponto de vista. coisas que faziam sentido ão parecem mais fazer e isso é estranho, e de certa forma, assustador.
eu gosto de mudanças. só é estranho não estar direito no controle delas.
me imagino daqui a 10 anos. espero que eu não me envergonhe, por que se a minha eu de uns 5 anos atrás me visse como sou hoje, acho que me envergonharia. assim como às vezes me envergonho de quem eu era.
caramba, eu chorei assistindo orgulho e preconceito hoje numa cena tão brega quanto aqueles coraçõeszinhos que as pessoas entalham nas árvores com nomes de namorados.
é estranho pensar sobre algo e não saber com certeza qual é a sua própria opinião.
às vezes sinto que são tantas alternativas e expectativas que eu acabo não fazendo nada só pra não fazer a escolha errada.
quando será que eu finalmente me sentirei confortável?
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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